O controle de pragas é uma constante, mas com a tecnologia podemos trabalhar as melhores estratégias no manejo do campo

No auge da agricultura 4.0 seria inevitável não falarmos sobre como a tecnologia de hoje já nos dá um alto suporte no controle de pragas. Em pleno século XXI, a era da informação tornou-se um aliado primordial para o trabalho em equipe no campo.

Tradicionalmente existem estratégias de longa data, como armadilhas e pesticidas, que formam os grandes parceiros no manejo contra pragas no campo. E essa é uma realidade constante daqueles que ali atuam.

Mas com o passar dos anos e o desenvolvimento da agricultura, as mudanças se tornaram significativas. A agricultura 4.0 nada mais é do que a chamada agricultura inteligente e é uma resposta às nossas necessidades.

Temos uma demanda crescente de produção de alimentos em escala global e isso foi um dos pontos principais para a união do trabalho de tecnologia sair das salas de estudo e ir diretamente ao trabalho no campo.

A agricultura 4.0 une todas as ferramentas atualmente disponíveis para auxiliar no manejo, produção genética, maquinário, automação e GPS. E o controle de pragas não poderia ficar de fora dessa conta.

Trabalhando o controle de pragas

máquina agrícola realizando pulverização na plantação

Mesmo sendo uma realidade antiga nas lavouras, ainda não temos uma tecnologia que nos permita produzir os mais variados tipos de alimentos sem sofrer desse mal. Alguns tipos como os nematoides chegam a comprometer 20% das plantações.

Esse tipo de praga em específico atinge diretamente as raízes e pode acontecer pela falta de estratégias para aumentar a produtividade do solo e o uso intensivo do mesmo.

Mas hoje felizmente já estamos no ponto em que já existem tanto práticas estratégicas que auxiliam no manejo, quanto de tecnologia envolvida, um deles é o IPM, sigla em inglês para controle integrado de pragas.

Como funciona o programa

Este programa trabalha com a união da prevenção, monitoramento e controle, dando a oportunidade de diminuir significativamente o uso de pesticidas. 

Nesta atuação não se condena o uso de pesticidas, porém a máquinas agrícolas e seus equipamentos  é acompanhada desde o princípio com práticas que visam fortalecer a produtividade do solo e durante toda a safra.

Outro programa que tem ganhado notoriedade é o de georreferenciamento e espacialização de dados, estudo conduzido pela Embrapa e a Cooperativa Cocamar, no norte do Paraná.

O experimento conduzido entre 2019 e 2020 e que reuniu diferentes equipes da Embrapa, entre elas a Embrapa Informática Agropecuária SP, trabalhou com o conceito de zonas de manejo.

Com a setorização da lavoura, se tornou possível fazer um acompanhamento localizado e preciso, além de juntar as amostragens com tecnologia para avaliar a necessidade de cada zona, diminuindo consideravelmente o uso de pesticidas.

Cada fase do programa trabalha com amostragens e acompanhamento constantes, incluindo o uso de aplicativos específicos para isso, sendo possível até o uso de smartphones. 

O controle de pragas muitas vezes afeta consideravelmente a produção, mas com as análises e o acompanhamento da tecnologia agrícola conseguimos pensar em estratégias localizadas e para o aumento da produtividade.