Veja o que muda com a nova gasolina e como ela vai afetar a sua rotina nos próximos anos.

 

O Brasil introduziu em 2020 especificações para uma nova gasolina que vem sendo desenvolvida e que muito em breve servirá como padrão nacional no que diz respeito aos combustíveis.

 

De acordo com o órgão regulador ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), os principais objetivos são melhorar a qualidade dos combustíveis, aumentar a eficiência energética, melhorar a autonomia dos veículos e impulsionar o uso de tecnologias de motores mais eficientes, com menores níveis de consumo e emissões.

 

Veja quais são as diferenças da nova gasolina e como ela vai impactar na sua rotina:

O QUE MUDOU… 

NA SUA COMPOSIÇÃO?

A principal alteração na nova gasolina está baseada na sua massa e no número de octanagem, que é conhecido na indústria do petróleo como RON (Research Octane Number).

 

Em termos mais simples, a massa está relacionada a densidade do combustível e octanagem se refere a resistência à combustão (quanto maior octanagem, maior desempenho).

 

Até o momento atual, não existia um padrão que os combustíveis deveriam seguir, mas com a Resolução ANP 807/20 - cuja segunda fase entrará em vigor em janeiro de 2022 - foi decidido que a gasolina regular, seja produzida no Brasil ou importada, deve ter massa específica mínima de 715 kg / m³.

 

A atualização do padrão mostra um esforço para tornar a gasolina brasileira mais parecida com as do mercado americano e europeu. Suas vantagens estão principalmente relacionadas ao meio ambiente, por ser menos poluente, e garantir melhor economia no consumo.

NO MOTOR DO CARRO?

Como dito acima, a qualidade intrínseca da gasolina aumentará em termos de octanas e massa específica, o que resulta em um combustível mais eficiente e melhor proteção para os motores dos veículos. Isso permitirá uma redução no consumo de gasolina por quilômetro percorrido.

 

Em outras palavras, a nova gasolina será “menos agressiva” aos componentes do seu veículo, aumentando sua eficiência e estendendo sua vida útil.

NAS BOMBAS DE COMBUSTÍVEL?

A melhoria da qualidade resultará em preços mais elevados para os consumidores finais, embora possam não ser sentidos no curto prazo devido aos baixos preços atuais do petróleo. 

 

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o cliente pode pagar, em média, R$ 0,06 a mais por litro na hora de abastecer – um aumento em torno de 1,5%. De acordo com a Petrobras, a expectativa é de que o combustível tenha um rendimento 6% maior do que o atual.

O NOVO PADRÃO

Até o momento, o Brasil vendeu basicamente dois tipos de gasolina com diferentes níveis de RON, semelhantes a outros países da América Latina, como Chile e México. 

 

Mas a partir de agora, com a especificação do nova gasolina, o combustível brasileiro precisará ter um nível RON de pelo menos 92, superior aos 87 da gasolina de menor qualidade vendida até agora. 

 

A norma será atualizada novamente até 2022, quando toda a gasolina comercializada no município deverá ter níveis mínimos de RON de 93. 

 

A estatal Petrobras já começou a produzir e comercializar esse combustível, antecipando-se à norma. Esse é sem dúvidas um grande passo para a definição de um novo padrão no cenário nacional de combustíveis.