Segundo dados do DPVAT (seguro obrigatório), em 2015, apenas 12% dos acidentes fatais com motos tiveram mulheres envolvidas. Em contrapartida, a venda de motos para o público feminino já atinge 50% em cidades do interior de São Paulo, como Indaiatuba, por exemplo.
Outro fato é inegável, basta olhar nas ruas para ver mulheres usando motos de forma mais comedida. A diferença de comportamento começa a aparecer na fase do aprendizado, ainda nas aulas na moto-escola. Segundo a instrutora Renata Menezes, de Lagoa da Prata (MG), alguns homens olham com desconfiança e ficam sem graça ao saber que receberão instrução de uma mulher: “alguns parecem não aceitar, acham que já sabem de tudo e não querem ser corrigidos”. No fim, quem aprende melhor, dirige melhor.
Uma opinião importante sobre ousadia é da motociclista Cristiane Cardoso, que trabalha como motogirl há 23 anos e nunca sofreu um acidente grave. “Vejo alguns garotos que completam 18 anos, tiram habilitação, vão trabalhar de moto e já se acham