O cultivo do arroz começou a ser realizado no Brasil em 1530, na capitania de São Vicente. No início, o grão era cultivado em pequenas áreas litorâneas, com foco na própria alimentação do agricultor. A primeira grande lavoura se desenvolveu a partir de 1904, em Pelotas, Rio Grande do Sul, e já era irrigada.

Existem cerca de 20 espécies diferentes de arroz. Dependendo dos processos pelos quais o grão passa, os resultados mais comuns são o arroz integral, o parboilizado e o branco.

Os principais componentes do arroz são: carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais. Essa composição depende da variação genética, das condições climáticas, da condição do solo, dos fertilizantes utilizados, do processamento/beneficiamento, do armazenamento e até mesmo do cozimento do arroz. A parte mais nutritiva se encontra nas camadas externas do grão.

O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo. O continente de maior destaque é o asiático. Quase 70% do consumo calórico da população asiática é proveniente do arroz ou de seus subprodutos e no continente estão os oito maiores exportadores mundiais.

O Brasil é o maior produtor e consumidor de arroz fora da Ásia. Cerca de 80% da safra produzida no país é proveniente do Sul, mais especificamente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São mais de 25 mil rizicultores localizados em 200 municípios da região. Os grãos produzidos no Sul têm como foco a exportação e a produção do restante do país destina-se ao consumo interno.

O país possui mais de 1.000 indústrias que processam o arroz. Destas, 70 são de médio ou grande porte e abastecem 85% do mercado interno. Na exportação, são cerca de 40 empresas atuantes. O Brasil tem uma indústria qualificada e com alto padrão tecnológico voltado para as exportações de grãos. O arroz brasileiro é conhecido por sua qualidade e pode ser encontrado em mais de 70 países.

Os sistemas de cultivo do arroz utilizados no Brasil são o cultivo de sequeiro, ou cultivo em terras altas e o cultivo de arroz irrigado. Os fatores climáticos que mais impactam na produção são: temperatura do ar, fotoperíodo e precipitação pluvial.

A armazenagem também representa um papel fundamental na cadeia produtiva do arroz, desde a estocagem das safras até o escoamento para os consumidores durante o ano. A armazenagem pode ser feita a granel (custo menor de manutenção e movimentação) ou com o grão ensacado.

O último levantamento da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, indica que a área de cultivo de arroz está diminuindo nas últimas safras, principalmente nas áreas de sequeiro. Há redução de 1,1% na área da safra 2019/2020 em comparação com a safra 2018/2019. Porém, a proporção de plantio em áreas irrigadas cresceu, gerando maior produtividade. O papel do rizicultor, optando sempre pelo investimento em tecnologia, está permitindo que a produção continue sendo adequada para o consumo nacional.

O preço da saca de arroz teve aumento de 24,06% no ano de 2019. Os principais fatores que ocasionaram esse aumento foram a produtividade da safra 2018/2019, que fechou abaixo da média histórica, os estoques baixos, o favorecimento das exportações e a alta do dólar. Essa tendência deve se manter até que a safra 2019/2020 seja colhida, em março de 2020.

No mês de fevereiro, 100% da primeira safra brasileira de arroz já havia sido semeada. De forma geral, a qualidade encontra-se satisfatória e o principal agente dificultador é o excesso de chuva em algumas regiões, o que prejudicou a germinação de alguns talhões.

A estimativa da Conab é que a produção nacional da safra 2019/2020 de arroz atinja 10.510 milhões de toneladas, próximo à safra 2018/2019, que fechou em 10.445 milhões de toneladas.