Veja como a baixa na tarifa de importação de pneus pode colaborar para redução de custos operacionais do setor!

No dia 20 de janeiro de 2021, o Imposto de Importação de pneus para veículos de carga foi zerado pelo Ministério da Economia. Essa medida foi aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), durante uma reunião do Comitê Executivo de Gestão.

A baixa na tarifa de importação de pneus tem como objetivo a redução dos custos operacionais do transporte rodoviário de cargas no país. A alíquota atual é de 16%.

Veja algumas das consequências que essa medida pode gerar.

REDUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL

De acordo com a publicação no Diário Oficial da União, a alíquota zerada entrou em vigor no dia 21 de janeiro de 2021.

Essa medida foi uma resposta a uma solicitação do Ministério da Infraestrutura em decorrência da participação dos caminhoneiros na malha rodoviária brasileira e também das dificuldades econômicas geradas pela pandemia da Covid-19.

A baixa na tarifa de importação de pneus foi definida para reduzir custos operacionais do transporte rodoviário de cargas no Brasil, tendo em vista que no mercado nacional os preços têm aumentado.

Isso é reflexo do aumento da demanda, da alta das commodities internacionais e também da forte variação cambial. Tudo isso acaba impactando diretamente nos valores dos pneus dentro do mercado nacional.

Apenas como referência, no ano passado, a importação de pneus de caminhão atingiu o valor de US$141,8 milhões (cerca de R$750,4 milhões), com mais de 1,28 milhão de unidades. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

PRINCIPAIS DEMANDAS DOS CAMINHONEIROS

A redução na alíquota foi uma resposta do presidente para tentar amenizar a situação e evitar uma nova greve dos caminhoneiros.

Uma das principais demandas do movimento é a maior aplicação da tabela com preços mínimos de frete, elaborada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

Ela foi criada após a greve dos caminhoneiros de 2018, a partir de um pedido de melhor remuneração, mas os motoristas do movimento clamam por maior fiscalização do governo sobre a aplicação da tabela de valores e revisões de metodologia.

Outra reclamação dos caminhoneiros está relacionada ao preço do diesel. Em 2020, os preços da Petrobras acumulavam queda de 16,6%, mas os motoristas afirmam que as reduções praticadas nas refinarias não chegam aos postos.

O movimento também protesta contra o projeto BR do Mar, que incentiva a cabotagem e o transporte de cargas entre portos do país por via marítima. 

O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2020 e aguarda revisão do Senado. Os caminhoneiros estão preocupados, pois se a lei for aprovada, a demanda pelo transporte rodoviário pode diminuir e resultar em preços menores.

A expectativa é de que com a baixa na tarifa de importação de pneus, a possibilidade de eventuais greves seja diminuída.