Veja o que esperar da agricultura em 2021 e descubra quais os planos federais para esse setor!

O Brasil deve registrar uma safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2021, conforme as estimativas de janeiro do instituto de estatísticas do governo IBGE. O país deve produzir 262,2 milhões de toneladas, alta de 3,2% em relação ao ano passado.

Esses são os números do agronegócio brasileiro que, apesar da propagação da pandemia e do consequente impacto na economia, encerrou 2020 mantendo suas atividades, alcançando bons desempenhos e apresentando significativo potencial de crescimento para 2021. 

E para entender um pouco mais sobre o que esse ano reserva, falaremos das previsões do setor agrícola e também sobre o Plano Safra, que pode ser considerado como o plano de ação para a agricultura em 2021. Confira!

Previsões para agricultura em 2021

A estimativa de janeiro para este ano é 0,7 por cento maior (mais 1,7 milhão de toneladas) do que a estimativa feita em dezembro do ano passado.

Com base na área colhida, ela deve ser de 66,8 milhões de toneladas, 2,1% a mais que o apurado no ano passado.

Entre as principais culturas, são esperados crescimentos na produção de soja, que deve somar 130,3 milhões de toneladas, e milho, que deve ficar em 103,7 milhões de toneladas.

Por outro lado, são esperadas quedas para a safra de arroz, que deve chegar a 11 milhões de toneladas; lavoura de algodão herbáceo, que deve somar 5,9 milhões de toneladas; e safra de trigo.

Aumento as exportações

As exportações brasileiras de milho aumentaram nos últimos anos, o que, junto com a desvalorização cambial do real, faz com que o produto aumente de preço no mercado interno, já que a oferta não é tão elevada. 

Como a demanda interna por esse cereal segue aquecida, devido ao aumento do consumo de suínos e aves, além de ovos de galinha, os preços do milho devem seguir elevados. 

O Plano Safra

Para garantir que o planejamento feito para 2021 aconteça, é necessário apoiar os agricultores por meio de investimentos financeiros. O problema é que nem sempre esse tipo de aporte está disponível no início de cada safra (período de colheita). 

Pensando nisso, o governo federal criou em 2003 o Plano Safra, que garante o crédito necessário para o agricultor investir e custear a produção.

Edição Plano Safra 2020/2021

Um dos grandes responsáveis por essa perspectiva otimista da agricultura em 2021 é o Plano Safra desta nova temporada, que terá 236,3 bilhões de reais para apoiar a produção agrícola nacional, um aumento de 13,5 bilhões em relação ao plano anterior.

Os financiamentos podem ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.

Em três meses após o início do plano, produtores rurais, cooperativas e agricultores contrataram R$73,8 bilhões do Plano Safra 2020/2021 para financiar atividades. O valor representa 28% em relação ao mesmo período anterior.

Todos esses recursos garantirão a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus. Os recursos de investimento cresceram em média 29%.