Mais do que uma preocupação no campo, a Gripe Aviária representa riscos reais à saúde humana e pode provocar desequilíbrios econômicos no agronegócio nacional
A Gripe Aviária é um tema que voltou a ganhar destaque em todo o mundo. Embora o vírus afete principalmente as aves, suas consequências ultrapassam os limites dos criadouros, chegando à saúde pública e à economia de diversos países.
No Brasil, onde o agronegócio é uma das principais forças da economia, a ameaça de surtos exige atenção redobrada e medidas preventivas coordenadas.
Como a doença afeta a saúde humana?
A Gripe Aviária é causada por vírus do tipo influenza, como o H5N1, e afeta principalmente aves. No entanto, humanos também podem ser contaminados ao entrarem em contato direto com aves infectadas ou seus resíduos.
Casos em pessoas são raros, mas quando acontecem, podem ser graves. Trabalhadores de granjas e criadouros estão entre os mais vulneráveis. Por isso, o uso de equipamentos de proteção e protocolos de biossegurança é indispensável.
Quais os impactos no agronegócio?
O setor avícola é um dos mais sensíveis. Ao surgir um foco da doença, a resposta é o abate sanitário de milhares de aves para conter a contaminação, gerando prejuízos diretos aos produtores.
Além disso, países importadores podem suspender compras de produtos de regiões afetadas. Isso compromete exportações e a reputação sanitária do Brasil, principalmente de estados como Paraná e Santa Catarina, que concentram boa parte da produção.
E a economia nacional?
A Gripe Aviária não afeta só as granjas. Ela paralisa cadeias inteiras: desde insumos e transporte até frigoríficos e exportações. O impacto se reflete em queda de receita, aumento de custos e perda de postos de trabalho.
Estimativas indicam que um surto em grande escala pode provocar prejuízos bilionários, afetando inclusive o preço de alimentos no mercado interno.
O que está sendo feito para conter?
O Brasil segue o Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária, com ações de vigilância ativa, controle de focos e restrições de movimentação em áreas afetadas. O objetivo é manter o status de país livre da doença em produção comercial.
Até agora, os casos registrados foram em aves silvestres, reforçando a importância da vigilância constante e da resposta rápida.
Como as empresas do setor estão se preparando?
Empresas do agronegócio têm papel fundamental na prevenção. Investir em tecnologia, treinamento e controle sanitário reduz riscos e evita perdas maiores.
A Big Tires, por exemplo, atua com soluções para transporte seguro no campo, oferecendo pneus agrícolas robustos que mantêm a operação ativa mesmo em períodos críticos.
O consumo de carne de frango está seguro?
Sim. Desde que o produto seja de procedência confiável e preparado adequadamente, não há risco para o consumidor. A recomendação é sempre verificar o selo de inspeção e manter boas práticas na cozinha.