Veja como funciona o investimento rural e descubra como esse recurso beneficia o setor agrícola!

O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo. No mercado interno, a média de longo prazo do PIB do agronegócio (incluindo a receita gerada por insumos, segmentos primário, industrial e de serviços) responde por quase um quinto do PIB brasileiro, de acordo com a Universidade de São Paulo. 

O crédito rural é, consequentemente, uma política pública primordial para a sustentabilidade de longo prazo do agronegócio e, em última instância, da economia brasileira.

Além disso, a política brasileira de crédito rural visa aumentar a produtividade do agronegócio - incentivando o uso de métodos racionais - e preservar a sustentabilidade socioambiental.

Para clarificar melhor como funciona o investimento rural, trouxemos algumas informações interessantes sobre o tema. Confira!

COMO FUNCIONA O INVESTIMENTO RURAL

O investimento rural no Brasil é uma atividade altamente descentralizada em todo o país, com uma variedade significativa de fontes de financiamento, programas e subprogramas. 

Os termos da operação de crédito rural geralmente consideram a localização geográfica, o tamanho da propriedade e a receita da propriedade. Caso a operação não seja vinculada a um programa federal, ela segue as regras da fonte de financiamento.

As captações do crédito rural são oriundas principalmente de recursos direcionados: relações de compulsório sobre depósitos à vista (30%), poupança rural (60%) e LCA – Letra de Crédito do Agronegócio (35%). 

Além disso, há os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundos Constitucionais (a serem aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), Recursos livres (fontes de financiamento que permitem taxas de juros e outras condições livremente pactuadas pelos contratantes) e outros.

LINHAS DE INVESTIMENTO RURAL

Para apoiar o agronegócio brasileiro em todas as etapas da cadeia produtiva, foram criadas algumas linhas de crédito específicas:

  • Custos de produção - para cobrir custos regulares, como compras de insumos;

  • Investimentos agropecuários - financiamentos para investimentos fixos e semifixos ou serviços;

  • Linhas de comercialização - capital de giro para comercialização da safra, a fim de proporcionar aos produtores rurais ou suas cooperativas recursos para a venda de seus produtos;

  • Processamento ou industrialização de produtos agrícolas e pecuários.

PRAZOS E TAXAS

As condições de como funciona o investimento rural variam de acordo com o órgão responsável pela operação, mas no caso da Caixa, por exemplo, temos as seguintes condições:

  • Prazo de até 12 anos para investimentos semifixos e de até 6 anos para investimentos fixos;

  • Taxas de juros a partir de 8,75% ao ano.

QUEM PODE SOLICITAR?

O crédito rural é voltado aos produtores, mas também às cooperativas agrícolas, pois reúne vários tipos de empréstimos e financiamentos que são oferecidos conforme cada necessidade.

Sendo assim, pessoas físicas ou jurídicas que estejam incluídas em atividades rurais podem solicitar o crédito, além de associações de produtores e cooperativas. 

A legislação também prevê que agroindústrias e cerealistas podem solicitar o crédito na modalidade de comercialização. 

Por ser disponibilizado por órgãos públicos e estabelecimentos de crédito particulares, os detalhes de como funciona o investimento rural e as informações sobre os recursos são estipulados anualmente pelo Plano agrícola e Pecuário ou “Plano de Safra” como ficou conhecido.

Assim, ficam estabelecidos os incentivos que serão oferecidos no ano e para onde os recursos serão direcionados.