O objetivo da extensão rural é fornecer educação formal e contínua para produtores rurais, melhorando assim diferentes processos como gestão, produção, beneficiamento e comercialização. A atividade rural no Brasil não está adequadamente organizada, o produtor está pouco informado e boa parte do que produz acaba sendo destinado para o próprio consumo, resultando em baixo retorno econômico. Os produtores rurais brasileiros estão bastante dispersos, devido à extensão territorial do país e o investimento em extensão rural torna-se necessário. A melhoria na atividade agropecuária no Brasil está condicionada à introdução de tecnologias que visem o aumento da produtividade, superando o atraso na agricultura.

Para isso, deve-se educar quem trabalha no ramo para que saibam quais equipamentos e insumos podem e devem adquirir e informar sobre os benefícios de modernizar sua atividade tecnicamente, produzir mais, obter produtos de maior qualidade e com melhor lucro. A base principal da extensão rural é o envolvimento no dia-a-dia do produtor, transferindo para ele as informações coletadas através de pesquisas e estudos. O foco é o pequeno produtor, por vezes com menor grau de instrução e condições de investimento e para atingi-los deve-se realizar uma adequação educacional.

Por vezes, o produtor rural não tem acesso ao que há de novo e ao que pode beneficiar sua atividade e a extensão rural torna-se um importante canal de comunicação. Dessa forma o produtor é informado sobre conhecimentos básicos como: funcionamento de empréstimos e planejamento da atividade e conhecimentos técnicos como: tecnologia aplicada à atividade e maquinário adequado. A consequência é que o produtor se torna autônomo para identificar e resolver possíveis problemas, sem ficar preso à necessidade de assistência técnica, que não deve ser confundida com extensão rural. Outro aspecto impactado pela extensão rural é o aumento de qualidade de vida das famílias rurais, o que terá consequências positivas no desenvolvimento da atividade e no convívio social. 

Há também os fatores externos que precisam ser corretamente analisados com o objetivo de oferecer condições para aumentar as chances de sucesso do produtor como estradas, armazéns, preços competitivos e políticas de crédito. A organização da extensão rural no Brasil é estadual, vinculada aos governos. Todas estão ligadas à ASBRAER, Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural. A extensão rural não deixa de ser uma política pública, unindo diversas áreas de conhecimento em prol de melhorias. Para isso deve-se considerar fatores como sustentabilidade, competividade, meio ambiente, proteção e conservação do solo e da água, destinação de resíduos, utilização de agrotóxicos, saneamento básico e empoderamento em contexto local.

A busca pela modernização da agricultura em conjunto com as melhorias de condição da população envolvida na atividade, tanto o produtor quanto sua família e comunidade faz da extensão rural uma importante ferramenta social e econômica. O desenvolvimento rural torna-se uma consequência nesse processo.