Os primeiros registros do cultivo do trigo datam de 10 mil anos a.C., na região da antiga Mesopotâmia. Ao longo do tempo seu uso foi se adaptando à condição de vida e necessidades de cada povo.

No Brasil, o trigo foi trazido em 1534 por Martim Afonso de Souza. Na década de 1940 as plantações começaram a se expandir, principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, sendo que este é hoje o maior produtor do grão no país.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, o trigo é o segundo alimento mais consumido no mundo. Como exemplo de seu uso, pode-se citar o pão. Segundo a Associação das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), 98,7% dos lares brasileiros consomem o item.
O cultivo de grãos no Brasil tem uma posição de destaque dentro da economia. O país possui uma vasta extensão territorial e variação climática, o que possibilita, através da utilização de técnicas adequadas de cultivo, manejo do solo, tecnologia e máquinas e mão de obra qualificada, a produção de até três safras de grãos por ano.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) monitora o desenvolvimento de diversas culturas no Brasil, como algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale. Através de variados estudos, a Companhia realiza boletins mensais que fornecem informações importantes para os envolvidos na atividade agrícola, auxiliando na tomada de decisões.
O primeiro levantamento feito pela Conab para a safra 2019/2020 é otimista, com colheita recorde de 245,8 milhões de toneladas de grãos, com destaque para a soja, milho, arroz e algodão. A estimativa é de que uma área de 63 milhões de hectares seja destinada ao plantio de grãos, 1,1% superior à ocupada na safra anterior.
Muito ainda pode ser feito para otimizar a produção de grãos no Brasil. Um exemplo disso é criar mecanismos para diminuir a perda significativa de grãos no transporte e armazenagem. Estima-se que 0,13% do arroz, 0,17% do trigo e 0,10% do milho sejam desperdiçados nesses processos.
Com conhecimento técnico e uso prático da tecnologia no desenvolvimento dos cultivos, o futuro promete trazer ótimos frutos para todos os envolvidos na atividade.