A invenção da roda é considerada um dos marcos mais importantes da história da humanidade, possibilitando melhorias na forma e na velocidade com que as pessoas se locomoviam. Hoje, a busca por inovação no segmento pneumático permite encontrar produtos cada vez mais tecnológicos e diferenciados.

A primeira versão da roda consistia em uma peça rudimentar, feita de madeira. Para tornar a direção mais macia foi adicionado o couro, sendo substituído posteriormente pela borracha. Ela era usada nas rodas de veículos de baixa velocidade, como uma peça sólida, sem ar no interior.

O principal problema da utilização da borracha era o risco da mesma se dissolver em dias quentes ou ficar quebradiça em dias frios. Após diversos experimentos, o americano Charles Goodyear descobriu, em 1830, a vulcanização da borracha. Esse processo consiste no cozimento em altas temperaturas da borracha com o enxofre, o que tem a capacidade de manter a elasticidade do material no frio e no calor. Os benefícios do uso da borracha vulcanizada podiam ser vistos no aumento da segurança nas freadas e na diminuição da trepidação dos veículos durante a direção. Os irmãos Michelin patentearam essa goma vulcanizada em 1845, possibilitando que a fabricação de pneumáticos se intensificasse.

O primeiro carro movido à gasolina foi inventado em 1888 pelo engenheiro alemão Karl Benz e era equipado com pneus de metal cobertos por borracha e com ar em seu interior. A partir de 1905, a banda de rodagem dos pneus passou a apresentar sulcos, protegendo a carcaça e aprimorando a aderência ao solo.

Em 1931, a empresa DuPont começou a industrializar borracha sintética, permitindo o aumento da produção de pneus, antes dependente de borracha natural. Outras inovações ocorreram com o passar dos anos, como o pneu sem câmara de ar, em 1947 (proporcionando redução no peso do veículo e, consequentemente, no consumo de gasolina), o pneu radial, na década de 1950 (auxiliando na estabilidade da direção, mesmo em altas velocidades) e o pneu run-flat, em 1979 (permitindo que o condutor continuasse a dirigir seu veículo, mesmo com o pneu furado, por mais 80 km aproximadamente).

A primeira indústria de pneumáticos a se instalar no Brasil foi a Companhia Brasileira de Artefatos de Borracha (Pneus Brasil), no Rio de Janeiro. Entre 1938 e 1941, diversos fabricantes estrangeiros se estabeleceram no país e a produção que era de 441 mil unidades passou a mais de 29 milhões no final dos anos 80. Hoje, são mais de 15 fábricas de pneus operando no Brasil como Bridgestone, Firestone, Goodyear, Pirelli, Michelin, Continental e Dunlop.

O setor pneumático oferece produtos para três principais mercados: montadoras, mercado de reposição (lojas revendedoras) e mercado externo. São diversos tipos de pneus ofertados além dos tradicionais pneus para carro de passeio, camionete, ônibus e caminhão, como:

  • pneus de bicicleta;
  • pneus de trator;
  • pneus diagonal e radial para máquinas agrícolas;
  • pneus para implemento agrícola;
  • pneus de alta-flutuação;
  • pneus OTR (para terrenos irregulares e mais críticos);
  • pneus off-road para mini veículos (ATV e Quadriciclo).

Isso possibilita atender importantes fábricas e montadoras como John Deere, Case, Massey Ferguson e New Holland.

A utilização de pneus está direta e indiretamente presente no cotidiano das pessoas e a constante evolução do setor, sempre pautada em inovação e tecnologia, permite a oferta de produtos que apresentam cada vez mais qualidade e segurança.